Ico

É difícil dar uma nota exata para um jogo como Ico. Ele é muito diferente das recentes escolas de jogos eletrônicos e apela tanto para o lado emocional do jogador que é difícil tentar prever se alguém gostará ou não dele.

Em Ico, você é um garoto de 12 anos preso em um castelo, e sua única esperança de fugir é uma garota capaz de abrir as portas mágicas do lugar. O único problema é que ela não fala a sua língua, e é pouco atlética, precisando ser escoltada por você durante todo o percurso.

Assim, você controle um indefeso moleque em um enorme labirinto cheio de perigos e quebra-cabeças. Ao contrário da maioria dos jogos, é difícil não se sentir indefeso e impotente perante essa tarefa. E com o comportamento realista de Ico e da princesa Yorda, você acaba criando um forte laço emocional com os personagens. Duvidam? Esperem só para ver como você ficará nervoso quando Yorda saltar um grande buraco e ficar pendurada pela mão de Ico no outro lado do poço…

Ico escapa dos padrões da maioria dos jogos, ele é uma experiência quase contemplativa. Muitos dirão que ele é curto, outros reclamarão de sua simplicidade. Mas os persistentes (e principalmente o pessoal da Velha Guarda) serão recompensados com um dos mais envolventes jogos desde Myst. Literalmente, existe um mundo alternativo dentro desse CD! E a experiência é tão onírica (tudo parece um sonho) que muita gente vai acabar ‘vendo’ situações do jogo enquanto dorme – não estamos brincando!